Na liderança do FC Porto há 41 anos, Jorge Nuno Pinto da Costa enfrenta um dos períodos mais turbulentos desde que assumiu a presidência dos azuis e brancos. Com uma divisão entre adeptos e o clube, as eleições estão marcadas para o próximo ano.
Em uma entrevista exclusiva à SIC e à SIC Notícias, Pinto da Costa abordou os acontecimentos na Assembleia Geral que geraram polémica no clube.
“Foi um momento muito desagradável, muito mau mesmo. Ver sócios contra sócios. Tenho que lamentar tudo o que aconteceu e já tomámos todas as providências para que não se volte a repetir na próxima Assembleia Geral. Estão a decorrer dois inquéritos, um nosso e outro do Ministério Público, para se apurar os responsáveis daquilo que se passou. Agora resta aguardar calmamente”, expressou Pinto da Costa.
Sobre as cenas de violência que encerraram a assembleia, o presidente dos dragões explicou que o término da reunião não estava “nas suas mãos”.
“Não sou segurança nem me compete. O que fiz foi pedir ao presidente do Conselho Fiscal para comunicar ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que na minha opinião devia terminar com a Assembleia Geral imediatamente. Não podia terminar com a reunião. Dei a minha opinião e ele terminou. O que eu podia contribuir para que tudo corresse bem, fi-lo”, esclareceu Pinto da Costa.
Sobre a possível candidatura de André Villas-Boas à presidência do FC Porto, Pinto da Costa comentou:
“Presumo que o intuito seja candidatar-se à presidência do FC Porto, tem todo o direito. Presumo que tenha quotas em dias. Mas não quero comentar. Mágoa não vou dizer. Fico admirado, agora mágoa é quando nos morre alguém querido. Fico surpreendido, mas não comento. Tem direito como qualquer sócio com quotas em dia.”
Em relação a investidores na SAD e ao naming do Estádio do Dragão, Pinto da Costa revelou negociações para um acordo a médio prazo:
“Há 20 anos quiseram por meu nome no estádio, opus-me, disse que iria complicar negócio do naming no Estádio. Estamos a partir da base de 5/6 milhões, é isso que estamos a negociar. Algo para médio prazo.”
Quanto às vendas de jogadores e o ajustamento da equipa, Pinto da Costa alfinetou o Benfica:
“Os outros venderam jogadores, ganharam dinheiro, quantos pontos têm na Champions? Zero. Nós estamos a uma vitória de estar nos oitavos da Champions. Por isso não vendemos jogadores que nos quiseram comprar, vários… E não vendemos.”
Sobre a renovação de Sérgio Conceição, Pinto da Costa não confirmou as negociações, citando as eleições do próximo ano como razão para ainda não ter avançado com a extensão do contrato do técnico de 49 anos:
“Acha que algum treinador de algum clube vai renovar contrato sem saber com quem vai trabalhar? Há uma coisa que não quero. Primeiro não estou em período eleitoral, nem entendo que a seis meses ou mais se possa estar. Não quero envolver nenhum profissional de futebol nesta matéria.”
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